No livro Novo guia de fotografia National Geographic, 2011, p. 141, lê-se a seguinte pérola:
“Muitos fotógrafos deixam as câmeras ditarem o que farão. O modo automático é reconfortante, assim como morar com os pais depois da faculdade. Mas chega a hora em que precisamos tomar nossas próprias decisões. Para os fotógrafos, isso quer dizer mexer o menu para além do confortável retângulo verde e explorar outras ferramentas do sistema da câmera.”
O confortável “retângulo verde” é o modo completamente automático na marca Canon, que não é igual na Nikon, e sim outro ícone (auto). Mas o que chama atenção aqui é a forma poética de se abordar o ensino da fotografia, uma área completamente encharcada de olhares especiais e sentimentos outros de captação do mundo e das pessoas. O “morar com os pais depois da faculdade”. Há pouco tempo, acho que consegui ajudar a convencer uma mocinha a continuar a delícia de ter voltado a morar com os pais em uma situação parecida, com essa passagem maravilhosa no livro da Natgeo. A casa dos pais merece um olhar “fotográfico” como sendo um refúgio, um quintal e um esconderijo para as tristezas e dificuldades que às vezes queremos deixar na rua. Todos os filhos deveriam ver isso assim, nem precisando ser “fotógrafos” para tal. JMA.
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