David Richa. Na tarde de ontem (15.7.13) a Assembleia Legislativa do Espírito Santo tornou-se alvo de guerra para os manifestantes. A Avenida Américo Buaiz, em Vitória, que dá o acesso principal, foi interditada e o congestionamento foi até o bairro de Jardim Camburi. A causa foi a votação do pedágio da Rodosol, a empresa responsável pela cobrança dos pedágios na capital do estado do Espírito Santo. O projeto foi arquivado ao som de bombas.
O protesto continuou com estampidos e gritos até o final da tarde. O impasse aconteceu devido ao placar de 16 votos contra, e 11 a favor da proposta. Se passasse, estaria banida a cobrança do pedágio. Isso tudo sem o voto do presidente da Assembleia.
Os manifestantes queriam acompanhar todo o processo de votação, mas foram impedidos. O acesso às galerias destinadas “ao público” foi restrito. Que papelão! O presidente da Casa alegou motivos de segurança e falta de identificação de manifestantes.
Na galeria, aproximadamente 100 pessoas conseguiram acompanhar a votação. A Casa possui duas galerias com capacidade para 160 pessoas e apenas uma foi ocupada.
Na tarde de hoje (16), a partir das 18h, houve uma reunião, para traçar os novos rumos das manifestações no estado. A hasta aconteceu no campus da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES, para definir quais serão as próximas manifestações.
O objetivo principal da reunião seria discutir a forma pela qual a população reagirá à sessão, que foi marcada por bombas de efeito moral, gritos de protesto e o que é pior, a proibição da entrada de manifestantes nas galerias, durante a votação, dentro da Assembleia Legislativa.
De acordo com imagens e datas postadas nas redes sociais, outras duas manifestações estão previstas para os próximos dias. A primeira acontecerá nesta sexta feira (19), também conhecida como “A marcha da educação” e a concentração será na Praça do Papa, a partir das 15h com destino à Secretaria de Educação – SEDU.
Já na próxima segunda feira (22), os cartazes prometiam: “Agora seremos 150 mil”, segundo apuramos no OBSERVATÓRIO GERAL. Ainda não há confirmação de local, hora e destino do protesto.
Na manhã de hoje, funcionários de uma empresa terceirizada do ramo de limpeza, fizeram uma “faxina” do lado de fora da Assembleia Legislativa. Com muito sabão, mangueiras e vassouras, os trabalhadores fizeram o que chamamos de “dar uma geral”. É ver e esperar.
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