“Ele teve um derrame, e perdeu a fala…consegue rezar o Pai Nosso e não consegue dizer o nome da neta”. Texto na área de saúde da fonoaudióloga Renata Strobilius Alexandre, mestre em psicobiologia pela Unifesp, aborda o conceito de Afasia. Causas, manejo, prevenções e assistência. OBSERVATÓRIO GERAL.
O que é afasia?
A afasia é a alteração na fala e na compreensão que acontece subitamente após um problema neurológico, como por exemplo: acidente vascular cerebral (AVE); ou traumatismo crânio encefálico (TCE).
A vida urbana em cidades como São Paulo oferece um acesso maior a serviços de saúde, e mais condições de sobrevivência, tornando maior a longevidade da nossa população. Contudo, a piora dos hábitos alimentares, o sedentarismo e o estresse contribuem para o surgimento de doenças crônicas que levam a alterações funcionais importantes.
Viver mais nem sempre é sinônimo de viver melhor. Precisamos nos conscientizar disso para mudar nossos hábitos e prevenir as doenças da modernidade.
Mas ele ficou afásico, o que fazer? Ele entende o que eu digo? Por que ele consegue rezar o Pai Nosso e não consegue dizer o nome da neta?
Existem vários tipos de afasia, com graus diferentes de prejuízo da fala e da compreensão, e todos os pacientes afásicos são diferentes. Isso porque depende da região do cérebro afetada, e principalmente da história de vida do paciente, por exemplo: seus hábitos de comunicação; sua competência em leitura e escrita; seu comportamento ser mais expansivo ou introspectivo. O paciente acometido por este problema deve procurar o quanto antes um fonoaudiólogo, para avaliar os prejuízos de linguagem e iniciar prontamente a reabilitação.
Afasia tem cura? Geralmente os problemas de linguagem são persistentes, mas melhoram muito com a reabilitação. A ênfase do tratamento deve ser em ajudar o paciente a comunicar-se, do jeito que for possível, mesmo que isso signifique apontar figuras em uma prancha de comunicação, ou falar palavras “chave” para se fazer entender.
O importante é tentar devolver-lhe a qualidade de vida, para que ele retome ao máximo as atividades que gostava de fazer antes da lesão.
Renata Strobilius Alexandre, Fonoaudióloga CRFa. 11685. Mestre em Psicobiologia pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM) em 2012. Especialista em Medicina Comportamental em 2003. Graduada em Fonoaudiologia pela UNIFESP/EPM em 2000. Email: rstrobilius@hotmail.com / renata.strobilius@unifesp.br
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