(foto-OG). Todo político e toda “autoridade”, mesmo as que se beneficiam da excrescência e imoralidade legal de 2 meses de férias por ano têm direito a descansar.
O governador do Ceará admitiu que os 14 dias que passou na Europa, inclusive num cruzeiro com amigos no Mediterrâneo, da Itália em direção à Croácia, no auge das manifestações de rua no Brasil foram “a passeio”. O vice-governador, Domingos Filho, também foi para Arábia Saudita em uma viagem de passeio e trabalho. O estado do Ceará foi entregue ao presidente da Assembleia Legislativa.
Tudo só foi descoberto porque o deputado estadual Heitor Ferrer (Pdt) postou no Facebook “Cadê o governador”. Aí deu chabu o passeio do governador. Em defesa, o sujeito postou em seu twitter a explicação e o fundamento: “Eu sou de carne e osso e fisicamente preciso, vez por outra, de um descanso…”.
Existe resposta pior do que essa? A obviedade não explica nada. Essa coisa humanoide de se ser de carne e osso? Será que o governador pediu ao caseiro do sítio (desculpem caseiros) para elaborar uma resposta e saiu esse troço? Todo mundo precisa descansar. Governador de estado não tem aquela imoralidade de 2 meses de férias por ano, tudo bem. Férias são questão de saúde e direito do trabalhador. Ninguém discute isso. Mas no momento em que o país se via literalmente incendiado, passear de iate na Europa parece um absurdo além dos absurdos que a sociedade brasileira está acostumada a ter com as “autoridades” públicas. Aí, já se sabe: a culpa é da imprensa.
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