Jogo São Paulo x Corinthians, 13.10.13, estádio do Morumbi. Aí (será do nada? deve ser) dezenas de torcedores, em patética demonstração de boçalidade resolvem enfrentar a Polícia Militar. De um lado presumem-se torcedores sem qualquer “preparo” com enfrentamento. Obesos, magricelas, sem camisa, alguns de sandália de dedo. De outro uma guarnição da PM totalmente equipada com roupas grosas, botinas, cassetete, capacete, escudo, cães, treinamento, câmeras, gases mostarda, pimenta, lacrimogênio, bombas, armas, rádios, viaturas, algemas, reforços e uma infinidade de apetrechos para o que for preciso. O resultado só pode ser um: torcedores fanáticos, e imbecis, sangrando com contusões na cabeça. Não se venha dizer que foi a PM “truculenta” que resolveu agredir. As imagens não deixam mentir.

Por seu turno, parece que a PM não gosta muito de dar “voz de prisão em flagrante”. Poderia, ou melhor, deveria. É seu dever. Mas certamente sabe que se chegar num final de plantão a uma delegacia da Polícia Civil, num domingo, com “presos”, tomará uma “bronca”. Algo do tipo filme Tropa de Elite, mais ou menos assim: – Tá maluco 01? Prender o cara? Espanca e resolve lá no estádio, mas não traz para o flagrante. Meu plantão tá encerrando agora, hoje é domingo, e eu lá quero saber de torcedor brigão?

O efeito colateral disto parece ser uma certa “vontade” de policiais militares em não identificar e prender em flagrante, mas em “treinar” com esses enfrentamentos físicos e, sim, verter mais violência. Uma prática policial totalmente absurda.

O saldo é que o Estado com todos os seus “secretários” e “autoridades” continua impotente e incompetente para resolver de uma vez por todas esses problemas em estádios de futebol. São reuniões e “forças tarefas” cômicas que não servem para nada, um fiasco administrativo. Nas cenas de TV  havia crianças sendo retiradas às pressas do tumulto criado exclusivamente por torcedores do São Paulo que chamavam policiais para a briga. Em pleno 2013, com toda a tecnologia digital de filmagem e identificação. Um cenário próprio do absurdo, uma vergonha.  OBSERVATÓRIO GERAL.

[Imagem UOL].

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