O velho gênio Leonel Brizola, o que inventou o marketing para políticos e conversava coloquialmente com eleitores pela televisão, em vez de discursar autoritariamente, “proibiu” a camisa branca para candidatos. Chegava ao auge ali pela década de 1980, no Brasil, o estigma do “colarinho branco”. O próprio Brizola tirou o paletó da vestimenta, arregaçou duas vezes a manga, virava-se um pouco de lado em cena e entrava na casa das pessoas pela TV, como se fosse um bate papo. Quando se percebia Brizola fazia parte da cozinha, com sua gauchês. Era profundamente odiado, e profundamente idolatrado.
Tudo bem que o que é bom pode ser imitado. Mas o trio aí da foto fica parecendo autênticos três patetas, figuras despersonalizadas que fazem tudo que seu mestre mandar. Se a camisa for mais escura invadirá o PSDB, não pode. Vermelha, seria pesada demais para esses aí. Sobra apenas a azul-couve-flor, desmilinguida. Será que eles trocam WhatsApp antes de sair de casa para ver se as cores estão combinando? Devem trocar.
A falta de personalidade na política eleitoral anda em alta. Brizola e Darcy Ribeiro fazem falta nessa pasmaceira atual bem comportada e obediente. Já Maria da Conceição Tavares está cansadinha para enfrentar esse politicamente correto que virou o país. E Raul Seixas evaporou.
Será que a pose do trio aí da foto é para cantar o hino nacional? Deve ser. OBSERVATÓRIO GERAL.
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