Marina-fiasco impondo mudança a Aécio: pede para sair aspira!

Marina flexa

Agora Marina quer que Aécio Neves mude seu plano de governo para lhe dar apoio. Não é piada. Marina tem fé que os eleitores são marionetes. Ou seu rebanho.

A transferência de voto pela indicação de candidato derrotado é um fenômeno que precisa ser melhor estudado, inclusive cientificamente, na medida do possível. Se não, vai continuar a servir como moeda de barganha para quem perdeu e sonha com um ministeriozinho, de emprego.

Em épocas de revolução tecnológica, informação online e internet, achar que o eleitor continua vivendo em currais eleitorais personalistas é um equívoco estrondoso. Um deslumbramento do tipo o eleitor me ama e obedecerá. Ou um devaneio autoritário.

Por outro lado, Aécio subiu sozinho, emparelhou com Dilma por mérito seu. Talvez nem tanto do seu partido, mas por uma nova postura de enfrentamento e falar grosso. Passou segurança e um certo ‘ar’ de estadista que até então parecia ter medo assumir.

Já com Marina, seu derretimento eleitoral, um verdadeiro fiasco que surpreendeu a muitos, parece ter se devido a fatores muito nítidos: não conseguiu disfarçar nem seu fundamentalismo religioso, ao mesmo tempo que recebeu o apoio-tragédia de Malafaia-ódio-no-coração, nem conseguiu disfarçar seu autoritarismo portátil. Depois, viveu o porre por antecipação da vitória, sem perceber que os índices eram meramente espuma. Por fim, após a derrota, continua não conseguindo entender que o eleitor não lhe foi fiel. E não lhe será.

Resumo da ópera bufa mariniana: não há essa transferibilidade de votos que algum malandro de plantão da rede – ou será fiação?- de Marina sonha.

O PSDB é velho de guerra e seu baronato – mais velho do que de guerra – talvez não caia nessa esparrela de transferência direta e automática de voto.

Em entrevista à revista Voto que chega às bancas esta semana, p. 45, afirmei ‘O PSDB se tornou um partido bem comportado, que não mexe com o povo, como faziam Brizola e Darcy Ribeiro. Aqueles dois sabiam dar porrada.’ Esta foi a tônica de toda a campanha com um Aécio apagado após a morte de Eduardo Campos. Mas aí ficou nítida a mudança de postura de Aécio no último debate. Ele disparou nas pesquisas e desbancou Marina, com uma postura mais desafiadora, enérgica e, por que não dizer, de homem com agá maiúsculo.

Marina é fósforo apagado. Ninguém gosta de admitir, mas rei morto rei posto. Perdeu e ponto. Sua espuma de alta nas pesquisas veio no surf da trágica e inesperada morte de Campos. Mas não se sustentou. Querer que o até aqui vitorioso Aécio mude o plano de governo faz lembrar o melhor filme nacional de todos os tempo: Aspira, pede para sair!

Jean Menezes de Aguiar – OBSERVATÓRIO GERAL.



Categorias:Política

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1 resposta

  1. “Marina é fósforo apagado.”.
    Excelente texto!

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