Parabéns Bauru, a Eny merece!

est liberdade bauru

Que coisa medonha. O povo esclarecido de Bauru, SP, parece que não vai deixar barato como em outros lugares por aí. Tentaram enfiar uma esquisitice “cultural” por aquelas bandas. A imitação de estátua da liberdade na cidade. O pessoal berrou. Já mostrou sua cidadania ativa quando fez sumir o “Bauruzinho”, uma espécie de sanduíche gigante de fibra de vidro, de “gosto” híbrido, instalado no parque da cidade. Talvez fosse um passo para a cidade mudar de nome, e se chamar Sanduíche.

Agora, inventaram uma estátua verde cintilante de 35 metros de altura macaqueando a original americana. O artefato está mais para a exuberância da passeata de orgulho gay do que qualquer outra coisa. O advogado Fabio Galazzo, 29, iniciou um abaixo-assinado para tirar o troço de lá. Viva Fabio. O historiador Henrique Perazzi de Aquino, também contrário à esdruxularia “artística” (ou será malandramente comercial?) sugeriu que no lugar do mau gosto se instalasse um monumento em homenagem à senhora Eny Cezarino (1916-1997), proprietária de um dos famosos e espetaculares bordéis de Bauru, a Casa da Eny, frequentada por políticos os mais respeitáveis e austeros. Diz o historiador: “A Eny, sim, é um verdadeiro ícone de Bauru”. Seria uma bela homenagem.

Por trás disso talvez esteja um cálculo comercial discriminatório e safado em instalar essas esquisitices mirando sociedades provincianas e socialmente atrasadas, daquelas que vivem para macaquear americanos, cujo sonho de consumo é ter um apartamento em Miami. Se foi isso, parece que o “gênio de criação” entrou pelo cano com Bauru. A coisa não vai sair muito barato. No mínimo ficará estigmatizada pela resistência. O Brasil vive uma feliz época de resistências. Esse Brasil diferente do Brasil omisso como gado dá orgulho.

Muito melhor é a cabeça do historiador Henrique, com sua alvissareira ideia de uma estátua da querida cafetina Eny. A imagem de uma bela e voluptuosa mulher, muito mais atraente do que um boneco verde que passou a representar uma liberdade fake, totalmente violentada pelo monitoramento da intimidade realizado pelo estado espião USA. Mas espera, “liberdade”? Só rindo… OG.

 

PS. Sabe-se que a estátua é coisa de um lojista.



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